Surgiram então os primeiros conjuntos, constituídos essencialm%nte por pessoas sem qualquer formação a nível musical, mas que aprendiam a executar um instrumento por tradição, aparecendo alguns virtuosos que se distinguiam dos demais pela sua qualidade. É neste contexto que na freguesia de Nespereira (Cinfães), terra conhecida na análise do povo como sendo “terra de músicos”, o saudoso Ernesto Peres de Andrade, fruto de uma divergência com o seu conjunto da altura, os “Paradelas”, abandona-o, rodeia-se de alguns dos melhores “tocadores” da freguesia e forma um novo conjunto.
A sua primeira actuação virá a ser na popular festa de S. Pedro de Campo (Tendais), onde executa com brilhantismo uma marcha chamada “O Finfas”, que pela alegria e admiração causada em quem a ouviu, depressa serviu para baptizar o conjunto recém-formado. Não é conhecida com exactidão a data em que tudo começou, calculando-se que seja algures entre as décadas de 30 e 40, mantendo-se até hoje no activo sem quaisquer paragens na sua actividade.
“Os Finfas” depressa se assumiram no meio como o conjunto preferido para animar bailes e festas, sobretudo os tradicionais Carnavais e as noitadas de festas religiosas. A fama aumentou e transpôs as fronteiras da freguesia originária, actuando em toda a região. Pela sua qualidade, pela execução, pela alegria transmitida na dança, o conjunto “Os Finfas” passaram a ser um modelo para outros conjuntos que foram surgindo e que iam ali buscar a sua inspiração. No entanto, todos eles começam e acabam, mantendo-se sempre “Os Finfas” como a principal referência.
Nos dias de hoje, em que outros divertimentos surgiram, os “bailaricos” são cada vez menos frequentes, mas o grupo continua vivo, em grande actividade, animando os bailes, as festas sem nunca deixar morrer a tradição.
Sobre Nós |
Elementos |
Historial |
Músicas |
Discografia |
Noticias |
Agenda |
Contactos |